A Realidade Não Perdoa: Por Que a Direita Avança e a Esquerda Se Perde

Os intelectuais ungidos de esquerda e os militantes desconectados da realidade não aceitam o sucesso da direta política na internet. Para eles, só eles sabem o que é melhor para o povo, sobretudo os mais pobres. Mas o que não percebem é o erro da esquerda

Em artigo publicado pelo portal Poder360, o professor de filosofia Rodrigo Nunes, da PUC Rio, reconhece, ainda que com relutância, que a chamada “extrema-direita” cresce por estar alinhada com a realidade do momento. Para ele, a mensagem da direita se conecta com uma realidade de competição individualista, enquanto os espaços de acolhimento disponíveis - principalmente igrejas - tornam-se os únicos lugares onde as pessoas encontram solidariedade. Essa afirmação, oriunda de um ambiente tradicionalmente progressista, é um sintoma revelador de uma mudança de paradigma. Não é a direita que se tornou extremista ou manipuladora — é a realidade que se impõe, enquanto a esquerda se agarra a utopias que se mostram cada vez mais ineficazes. A insistência no estatismo, no identitarismo divisionista, na oposição aos valores cristãos e na engenharia social está se chocando frontalmente com as demandas concretas da sociedade.
Durante décadas, o discurso progressista dominou universidades, redações jornalísticas e instâncias políticas. Sob o manto da justiça social e do igualitarismo, vendeu-se a ideia de que o Estado seria o grande provedor de igualdade, oportunidades, bem-estar e que os serviços públicos são essenciais aos pobres. No entanto, a promessa de um paraíso social-democrata jamais se concretizou, com uma máquina pública cada vez mais inchada, corrupta e ineficiente. O que vemos é o caos: uma herança de serviços públicos precarizados que deixam milhares morrer sem atendimento médico; escolas dominadas por doutrinação ideológica que pouco ensinam; obras públicas inacabadas; cidades sem infraestrutura básica ou saneamento; sistemas de saúde colapsados; violência crescente e uma carga tributária sufocante.
(Sugestão de pausa)
A esquerda se especializou em narrativas, mas falhou em oferecer resultados concretos. Pior: tentou disfarçar os fracassos institucionais com mais do mesmo — mais intervenção estatal, mais regulação, mais controle sobre o cidadão comum e sempre buscam um bode expiatório quando tudo dá errado. A conta, inevitavelmente, chegou. E foi a classe média, os empreendedores e os trabalhadores comuns que mais sofreram com a ineficiência, o aparelhamento e o autoritarismo disfarçado de solidariedade. O que temos é um governo que desvaloriza nossa moeda e aumenta a carga tributária praticamente todo ano, por isso, o custo de vida está extremamente elevado. Hoje, infelizmente, o jovem não consegue comprar um carro de entrada, pois os preços estão fora da realidade do cidadão médio. Isso sem falar que adquirir uma casa se tornou algo praticamente impossível num país que afasta investimentos e encarece os preços dos bens e serviços todos os meses. Isso está pesando muito na vida do cidadão brasileiro que, após décadas de PT e discursos demagogos, não viu uma mudança substancial na sua vida.
O crescimento da direita — e não de uma “extrema-direita” caricata, como insistem os progressistas, que rotulam todos de fascistas — não se dá por manipulação midiática ou populismo barato. Ele decorre de um reencontro da sociedade com os valores fundamentais que sustentam o progresso genuíno: liberdade individual, responsabilidade pessoal, segurança jurídica, livre mercado, trabalho honesto, valorização da família e limitação do poder do leviatã estatal.
A população começa a perceber que a direita, especialmente em sua vertente conservadora e libertária, oferece respostas reais para problemas concretos. O cidadão comum não quer ser dividido em categorias identitárias, nem ser culpado por “privilégios estruturais”. Tampouco quer ver seus filhos sendo doutrinados em universidades e se tornando militantes desocupados e ignorantes. Ela quer segurança para trabalhar, criar os filhos, empreender e viver com dignidade. E é justamente esse tipo de liberdade — e não a “liberdade” definida por burocratas — que a direita defende.
(Sugestão de Pausa)
Esse fenômeno não é exclusivo do Brasil. Em diversos países, o avanço de lideranças que rejeitam o modelo intervencionista estatal revela uma tendência mundial. Vejamos o caso de Javier Milei na Argentina. Chamado de radical e até de louco, foi eleito com ampla maioria ao prometer cortar ministérios, reduzir o peso do Estado e devolver ao cidadão o protagonismo econômico. Milei não venceu por extremismo, mas por coragem de dizer aquilo que muitos sentem, mas poucos têm coragem de expressar: o Estado atrapalha e apenas rouba o povo. E, na Argentina, isso estava mais do que claro após décadas de gestões de políticos peronistas que destruíram a economia e o poder de compra da moeda do país.
Na Europa e nos Estados Unidos, movimentos conservadores e libertários também ganham força graças à livre circulação de ideias na internet, da mesma forma que o Brasil. Na Itália, Giorgia Meloni chegou ao poder com uma plataforma que valoriza a família, a soberania nacional e a rejeição à agenda globalista. Nos Estados Unidos, o retorno de políticas conservadoras ganha cada vez mais apelo, com governadores como Ron DeSantis promovendo leis que defendem a liberdade educacional, combatem ideologias radicais nas escolas e protegem a liberdade de expressão.
O cidadão médio, antes indiferente à política ou influenciado pela retórica dominante numa época em que as grandes mídias monopolizavam o discurso, está despertando. O fracasso do modelo progressista não pode mais ser ignorado, pois seus erros são grotescos. Quando o filho não aprende a ler em uma escola pública repleta de ativismo ideológico, quando a violência torna-se rotina, quando o empreendedor é sufocado por impostos e burocracia — a ideologia cede lugar ao senso prático. O discurso libertário e conservador prospera justamente porque se ancora em fatos, não em abstrações que são típicas de professores de filosofia, sociologia e história, que apenas leem autores tão malucos quanto eles. Estamos vivendo uma revolução do bom senso, na qual o que antes era considerado normal, mas foi perdido, está voltando a visto como o verdadeiro — como, por exemplo, o fato de que só existem dois sexos: masculino e feminino. Sim, foi preciso os presidente dos Estados Unidos falar isso para o mundo, por incrível que pareça.
(Sugestão de pausa)
Mesmo diante das várias tentativas de censura das redes sociais por parte da elite esquerdista, do preconceito nas universidades e do monopólio ideológico nos meios de comunicação, as ideias da direita sobrevivem e se expandem - é um caminho sem volta. Isso porque elas estão alicerçadas em algo que não pode ser domesticado: a experiência concreta de milhões de cidadãos. Quando a teoria falha, a vivência ensina. E a vivência tem ensinado que menos governo e mais liberdade funcionam.
Frente a esse cenário, a esquerda reage com desespero. Em vez de revisar seus erros ou dialogar com a realidade, buscando se redimir e ver o que o povo quer, ela dobra a aposta em políticas identitárias, censura e ataques morais. Chama de “fascista” qualquer um que defenda a liberdade econômica e menos intervenção estatal. Taxa de “antidemocrático” quem questiona os abusos do judiciário e constantes violações da lei para prender pessoas inocentes. Demoniza quem acredita em valores tradicionais e em Deus. Essa é a aberração woke, que tem destruído a sociedade ocidental durante anos.
Esse comportamento revela não força, mas fraqueza. A esquerda perdeu o monopólio do discurso e, com isso, perdeu também a capacidade de ditar os rumos da sociedade sem oposição — assim, seus militantes têm se tornado cada vez mais histéricos e intolerantes. A reação, então, é emocional, agressiva e desconectada do cotidiano das pessoas. Em vez de oferecer alternativas concretas, a esquerda se isola em bolhas de militância, reproduzindo dogmas que já não convencem nem mesmo parte de sua base.
Um dos maiores erros da esquerda contemporânea é reduzir toda discordância política a uma questão moral. Quem pensa diferente não é apenas adversário: é tratado como ameaça, inimigo da democracia, preconceituoso, homofóbico, retrógrado, negacionista e até ‘bigodista’, se é que vocês me entendem. Essa tática pode até ter funcionado por um tempo, quando o monopólio da informação e da educação permitia que esse discurso fosse aceito sem contestação. Mas hoje, com o avanço da informação descentralizada, e o surgimento de mídias e influenciadores independentes, as máscaras caíram.
O cidadão comum já percebeu: a esquerda não detém autoridade moral para apontar dedos, afinal, seus políticos vivem no luxo financiados com dinheiro público e não passam de amantes de ditadores - basta ver o comportamento de Lula. A corrupção revelada em escândalos como o Mensalão e a Lava Jato, os acordos escusos com ditaduras como Cuba e Venezuela e o financiamento de movimentos ideológicos com dinheiro público minaram a confiança em seus discursos. E não faltam provas dos crimes do PT, basta fazer uma pesquisa honesta que tudo isso pode ser facilmente comprovado.


(Sugestão de pausa)
Como engenheiro-agrônomo com experiência internacional, eu, autor deste artigo, posso atestar que o setor agropecuário brasileiro resistiu ao esquecimento e ao preconceito ideológico que sofreu por anos. Atacado por ambientalistas radicais e por políticas mal formuladas, o agro mostrou-se essencial para a criação de riqueza e geração de renda, além da questão da segurança alimentar. Ainda assim, o setor do agronegócio tem sido hostilizado por governos que preferem agradar ONGs estrangeiras a defender o produtor nacional.
A defesa do agronegócio pela direita não é um mero capricho ou “fascismo”, como adora apontar os militantes de esquerda — se trata de uma escolha racional. O morador do campo, assim como o cidadão urbano trabalhador, exige menos impostos, menos burocracia e mais liberdade para produzir. O Brasil que dá certo está longe dos gabinetes climatizados de Brasília: está na lavoura, na pequena empresa, na escola particular, no empreendedor que não desiste. Essa é a realidade de milhões de trabalhadores que não se veem representados por políticos demagogos, populistas, corruptos e hipócritas.
(Sugestão de pausa)
É evidente que a disputa de ideias passa pela educação e pela mídia. Por isso, o crescimento da direita tem sido tão combatido nesses ambientes pra lá de aparelhados com militantes marxistas. Escolas e universidades tornaram-se centros de difusão ideológica, onde o contraditório é frequentemente reprimido. Muitas vezes, quando surge alguma uma voz dissidente nesses locais, a pessoa é hostilizada, intimidada e até agredida. A mídia tradicional, por sua vez, perdeu credibilidade justamente por assumir uma postura militante e propagandista, abandonando o verdadeiro jornalismo isento em nome de uma “causa”, ou melhor, por financiamento governamental.
Mas a internet e as redes sociais quebraram esse monopólio. Hoje, qualquer cidadão com acesso à informação pode comparar ideias, verificar dados, estudar autores que nunca são mencionados nas salas de aula ou nos telejornais — isso representa uma verdadeira revolução informacional. A pluralidade e a verdadeira concorrência venceram a censura. E isso é motivo de esperança.
A direita cresce não porque manipula, mas porque escuta e representa o povo, cansado de discursos simplistas e baseados em apelo emocional, mas que só visam dividir a sociedade. Sua força está na coerência entre discurso e prática, entre teoria e realidade. Enquanto a esquerda permanece refém de teorias fracassadas e nunca superadas, se isolando no ambiente acadêmico, a direita oferece uma visão de mundo baseada na liberdade, na responsabilidade e na dignidade humana.
Não tem como negar que a realidade não perdoa. Ela revela os limites das utopias e expõe a fragilidade dos discursos vazios. É por isso que, diante de uma sociedade que clama por soluções reais, a direita avança cada vez mais e ameaça o status quo socialista. E, enquanto isso, a esquerda, perdida em suas contradições, apenas observa — perplexa, desorientada e cada vez mais irrelevante.


Referências:

1. Poder360. “Extrema direita cresce ao convergir com a realidade, diz professor.” Publicado em 15 de maio de 2025. Disponível em: https://www.poder360.com.br/poder-educacao/extrema-direita-cresce-ao-convergir-com-a-realidade-diz-professor/


2. Datafolha. Página oficial com pesquisas de opinião e sociedade. Disponível em: https://datafolha.folha.uol.com.br/


3. Instituto Mises Brasil. “A celebração da liberdade.” Publicado em 9 meses atrás. Disponível em: https://mises.org.br/artigos/3424/a-celebracao-da-liberdade


4. Hayek, F. A. O Caminho da Servidão. Disponível para compra em: https://www.amazon.com.br/Caminho-Servid%C3%A3o-F-Hayek/dp/8562816027


5. Sowell, T. Os Intelectuais e a Sociedade. Disponível para compra em: https://www.amazon.com.br/Os-Intelectuais-Sociedade-Thomas-Sowell/dp/8580330181


6. IPEA. “Atlas da Violência 2023.” Publicado em 12 de maio de 2025. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45-todas-as-noticias/noticias/15781-atlas-da-violencia-brasil-registrou-45-747-homicidios-em-2023-menor-taxa-em-11-anos-mas-violencia-contra-criancas-ainda-preocupa