Bebida ADULTERADA com METANOL deixa vários MORTOS no BRASIL

Enquanto o estado brinca de fiscal, o mercado negro serve veneno em garrafas de luxo, mostrando o despreparo governamental e o problema causado pelos terroristas de organizações brasileiras.

A Polícia Civil desmontou uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em Americana, no interior de São Paulo. O local, descrito pelo delegado Wagner Carrasco como “muito bem estruturado”, não era somente um laboratório caseiro de falsificação, mas uma operação industrial sofisticada, equipada com destiladores, tanques de armazenamento, rotuladoras automáticas e embalagens idênticas às originais. Lá, produziam gim Beefeater, vodca Absolut e Smirnoff, marcas reconhecidas mundialmente por seu padrão de qualidade, com ingredientes duvidosos, processos insalubres e total ausência de controle sanitário. Mais de 17.700 produtos foram apreendidos, incluindo garrafas vazias, rótulos, caixas e até materiais promocionais.

Duas pessoas foram detidas e agora respondem por crimes contra a propriedade imaterial, a saúde pública e as relações de consumo. A operação contou com apoio da Associação Brasileira de Bebidas, a Abrabe, e de uma empresa de e-commerce, revelando que boa parte da distribuição ocorria online, alcançando clientes em todo o estado, inclusive na capital paulista.

Esse caso surge em meio a uma crise silenciosa e mortal, uma onda de intoxicações por metanol que já registra 22 casos suspeitos, cinco confirmados e pelo menos três mortes em São Paulo. O metanol, conhecido como álcool metílico, é extremamente tóxico. Uma pequena dose pode causar cegueira, falência dos órgãos e até mesmo a morte. E ele não está aparecendo por acaso, pois há indícios fortes de que seja importado ilegalmente por organizações criminosas como o PCC, misturado a bebidas falsificadas e vendido como produto legítimo. Diante disso, o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, acionou a Polícia Federal para investigar a cadeia de fornecimento.

Mas, como sempre, a resposta veio depois que alguém morreu. A narrativa oficial é constante: o estado age para proteger os cidadãos. A realidade, no entanto, mostra que o governo só age quando a tragédia já aconteceu. É uma política eterna de insistir em um trabalho inútil, onde a fiscalização é esporádica, reativa e, na maioria das vezes, ineficaz.

(Sugestão de Pausa)

A história da fiscalização de bebidas no Brasil é um roteiro de erros burocráticos, corrupção e impunidade, pago com dinheiro e vidas dos contribuintes. Um dos capítulos mais vergonhosos foi o do SICOBE, o Sistema de Controle de Bebidas, implementado visando rastrear toda a produção e circulação de álcool no país. O sistema exigia que cada garrafa fosse lacrada com um selo especial, caro e complexo de produzir. Em 2016, ele foi desativado após o escândalo da Operação Vícios, que revelou um esquema de corrupção envolvendo a Casa da Moeda e uma empresa suíça contratada para fabricar os selos. Bilhões foram desviados, contratos foram fraudados, e o STJ anulou as condenações em 2023, encerrando o caso sem punição real.

O mais absurdo é que o SICOBE custava cerca de 20% de toda a arrecadação do setor, era considerado pela própria Receita Federal como “extremamente oneroso”, “tecnicamente inviável” e “abusivo”. Mesmo assim, funcionou por anos, alimentando uma máquina burocrática inchada, enquanto o consumidor continuava vulnerável. Isso confirma sempre a ideia de que nós libertários falamos: onde há o dedo do estado, com toda a certeza tem alguma falcatrua e corrupção, e se não tem, é porque não investigaram direito.

O que mudou depois da sua desativação? Absolutamente nada. A arrecadação do setor aumentou 9% em termos reais após o fim do SICOBE, provando que o sistema nunca foi sobre segurança, mas sobre controle, extração de recursos e manutenção de privilégios. Enquanto isso, o perigo persiste. Em 1999, 35 pessoas morreram na Bahia após beber cachaça adulterada com metanol. Hoje, 26 anos depois, o mesmo veneno volta a circular, matando novamente. A diferença é que agora ele chega por canais digitais, camuflado em embalagens idênticas às originais, vendido com frete grátis e avaliações falsas. E a resposta do estado continua sendo a mesma: operações policiais midiáticas, feitas sob pressão da mídia, depois que o dano já está feito. Não há prevenção, vigilância contínua ou mesmo responsabilidade.

A ANVISA, agência supostamente responsável por garantir a segurança dos produtos consumidos no país, também tem um histórico questionável. Recentemente, liberou o uso do Bisfenol F, substância com potencial risco hormonal, como revestimento interno de latas de bebidas, ignorando alertas científicos e críticas de especialistas. Isso demonstra um padrão claro. O estado não prioriza a saúde, mas o poder e a burocracia. Os interesses corporativos conseguem influenciar decisões técnicas por meio de lobbies e acordos em um capitalismo de compadrio. A ANVISA, longe de ser um escudo, muitas vezes atua como um obstáculo à inovação e à transparência. Seus processos são lentos, opacos e politizados. Enquanto isso, produtos perigosos entram no mercado, e o cidadão comum fica à mercê de escolhas arriscadas, sem informações claras ou alternativas seguras.

(Sugestão de Pausa)

O aparato estatal, com suas dezenas de órgãos fiscais, ministérios, secretarias e agências reguladoras, é um gigante de pés de barro. Caro, lento, corrupto e ineficiente. Ele falha em prevenir desastres ambientais, como em Mariana e Brumadinho. Falha em garantir segurança nas ruas. Falha em educar milhões de jovens. E agora, mais uma vez, falha em impedir que pessoas sejam literalmente envenenadas por produtos que deveriam estar sob sua vigilância constante. O estado promete proteção, mas entrega exposição. Promete fiscalização, mas pratica a omissão até que o pior aconteça. É um ciclo vicioso. Cria-se uma estrutura cara e centralizada, ela falha, vem a tragédia, há indignação pública, novas medidas são anunciadas, tudo volta ao normal até a próxima catástrofe.

Em um mundo libertário, essa realidade seria impossível. No mundo movido pelas leis privadas, a proteção do consumidor não dependeria da eficiência duvidosa de burocratas nomeados politicamente ou de sistemas falidos como o SICOBE. Viria do próprio mercado, de forma natural, mediante incentivos claros, concorrência e responsabilidade direta. Empresas como Pernod Ricard, dona da Absolut, e Diageo, dona da Smirnoff, têm bilhões de dólares em reputação em jogo. Em um sistema livre, elas teriam todo o interesse em proteger suas marcas, pois qualquer escândalo de falsificação afetaria diretamente seus lucros e sua posição no mercado. Elas contratariam agências privadas de certificação, como NSF, QIMA ou LRQA, que competiriam entre si para oferecer os selos de autenticidade mais confiáveis, tecnológicos e difíceis de falsificar. Essas agências, por sua vez, teriam incentivos reais para manter altos padrões, pois quem falhasse perderia contratos, clientes e credibilidade. A reputação delas seria seu maior patrimônio.

Imagine um cenário onde cada garrafa tem um QR code que leva a um banco de dados em blockchain, mostrando toda a cadeia de produção: desde a destilaria até o ponto de venda. Ou selos holográficos com padrões únicos, quase impossíveis de copiar. Marcadores químicos invisíveis, detectáveis somente por dispositivos específicos nos pontos de venda. Os varejistas, para proteger sua própria imagem e evitar processos em tribunais privados ágeis e eficientes, exigiriam esses certificados antes de colocar qualquer produto nas prateleiras. Os próprios consumidores, educados por aplicativos de verificação e informações transparentes, aprenderiam a desconfiar de produtos sem chancela de uma certificadora respeitável.

(Sugestão de Pausa)

Um mercado paralelo de falsificações ainda poderia existir, mas seria marginal, de baixa qualidade e fácil de identificar. Nesse ecossistema, a fraude não seria punida somente com multas simbólicas ou processos que se arrastam por décadas. Seria punida com exclusão imediata do mercado. Uma empresa flagrada falsificando perderia todos os parceiros comerciais, distribuidores e clientes.

A reputação, nesse modelo, seria o ativo mais valioso e sua perda significaria o fim. Esse sistema baseado em confiança voluntária, transparência e responsabilidade individual ofereceria níveis de segurança que nenhum órgão estatal jamais alcançou. Porque ninguém precisa confiar no governo. Basta olhar o selo, escanear o código, verificar a fonte. A liberdade de escolha, aliada à concorrência e à responsabilidade, cria um ambiente onde a segurança é uma consequência natural, não uma promessa vazia.

A verdade é que o estado não protege. A melhor proteção não vem do cano de uma arma estatal, mas da busca incessante pela qualidade em um mercado livre. O lucro depende da satisfação do cliente, o sucesso depende da reputação e a sobrevivência depende da honestidade. Enquanto o estado continua a falhar, o mercado já tem as ferramentas. Falta apenas deixá-lo funcionar.

Referências:

https://www.poder360.com.br/poder-brasil/destilaria-falsificava-gin-beefeater-e-vodkas-absolut-e-smirnoff
https://www1.folha.uol.com.br/blogs/que-imposto-e-esse/2025/04/congresso-pode-evitar-ressurreicao-de-sistema-de-fiscalizacao-de-bebida-desativado-em-2016.shtml
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2025/10/01/ha-26-anos-35-pessoas-morreram-na-bahia-por-bebida-adulterada-com-metanol.htm
https://reporterbrasil.org.br/2025/06/anvisa-libera-revestimento-lata-bebida-risco-saude/
https://www.nsf.org/br/pt/certificacao/certificacao-de-alimentos-e-bebidas