A farsa dos carros elétricos está ruindo – e até Bruxelas começa a recuar. O sonho verde virou pesadelo econômico, bilhões foram queimados em nome de uma agenda que ignorou o mercado – e a conta chegou.
A realidade finalmente está batendo na porta dos burocratas de Bruxelas e dos executivos das montadoras europeias. A grande mentira dos carros elétricos impostos por decreto está desmoronando diante de nossos olhos, e o que vemos é exatamente o que qualquer pessoa que pare para pensar um pouco já previa: uma catástrofe econômica e tecnológica de proporções épicas.
A situação chegou a um ponto tão desesperador que até mesmo Ursula von der Leyen, a czarina verde da Comissão Europeia, teve que se render às súplicas das montadoras por clemência. Depois de anos empurrando a agenda climática goela abaixo, ela finalmente percebeu que a indústria automobilística estava "sangrando dinheiro" - usando suas próprias palavras - e que a economia europeia estava à beira de um colapso.
A Audi, que até pouco tempo atrás fazia propaganda verde como se fosse uma empresa de energia solar, agora está desesperadamente voltando atrás em suas promessas utópicas de se tornar "totalmente elétrica" até 2033. Mercedes-Benz, BMW e outras gigantes do setor estão fazendo a mesma coisa. Por quê? Porque descobriram que não dá para forçar a realidade do mercado através de decretos políticos e delírios ambientalistas.
A União Europeia, essa máquina burocrática que se acha no direito de decidir o que você pode ou não pode dirigir, determinou que em 2035 não será mais possível vender carros com motores de combustão. É o planejamento central soviético em sua forma mais pura: um bando de burocratas que nunca produziu um parafuso na vida decidindo como milhões de pessoas devem se locomover.
Mas a realidade está se mostrando mais teimosa que os sonhos utópicos de Bruxelas. Guerra, revolta populista, estagnação econômica e uma indústria automobilística "sangrando dinheiro" forçaram esses planejadores centrais a recuar. E agora? Agora eles estão correndo para salvar as aparências, oferecendo migalhas de flexibilidade para tentar evitar o colapso total.
Jörg Schlagbauer, presidente do Conselho Geral de Trabalhadores da Audi, finalmente falou a verdade que ninguém queria ouvir: "Não acredito que os clientes deixarão que políticos e fabricantes ditem quais produtos devem dirigir." Ou seja, até mesmo dentro dessas empresas, alguém ainda tem um pingo de sensatez e entende que o consumidor não é um fantoche para ser manipulado por engenheiros sociais.
O mais patético é ver essas montadoras confessando publicamente que cometeram erros catastróficos. Schlagbauer admitiu que a Audi "tomou algumas decisões infelizes" ao se comprometer cegamente com a eletromobilidade. Traduzindo: eles perderam bilhões seguindo uma agenda política ao invés de seguir a demanda real do mercado.
Mas a situação se tornou tão desesperadora que até mesmo von der Leyen teve que ceder às pressões da indústria. Em uma demonstração clara de que a política verde não passa de um teatro mal ensaiado, ela aceitou flexibilizar as metas de emissão para este ano e antecipar a revisão da legislação de 2035.
Luca De Meo, CEO da Renault, estava literalmente celebrando com champagne na fábrica de Douai quando soube da notícia. "Provavelmente fui o primeiro a levantar a mão sobre isso", gabou-se ele. Claro, depois de anos fazendo lobby contra essas metas impossíveis, finalmente conseguiu que os burocratas admitissem o óbvio: a política estava fadada ao fracasso.
A BMW, Mercedes e outras estão fazendo "correções de curso" – um eufemismo elegante para dizer que estavam completamente erradas e agora precisam correr atrás do prejuízo. Oliver Zipse, CEO da BMW, teve a coragem de dizer que apostar tudo nos veículos elétricos "leva a um beco sem saída". Imaginem só: um CEO admitindo que seguir ordens de burocratas ao invés de satisfazer clientes é uma receita para o desastre.
Mas agora que a Comissão Europeia mostrou fraqueza, os opositores dessa loucura climática estão saindo do armário. Como disse Julia Poliscanova, da ONG Transport & Environment: "Dê à indústria automobilística um centímetro e eles vão pegar um quilômetro." Exato! E é isso que deveria ter acontecido desde o começo.
Adolfo Urso, ministro da Indústria da Itália, não escondeu sua satisfação: "Forçamos a Comissão a remover a armadilha das multas e a antecipar a revisão da regulamentação de CO2. Agora devemos imediatamente fazer uma frente comum para superar a loucura do Green Deal."
Filip Turek, deputado checo do grupo Patriots for Europe, foi ainda mais direto: o plano automotivo da Comissão marca o início do fim da proibição de 2035. Finalmente, alguém com coragem para chamar essa política pelo que ela realmente é: uma loucura.
Thomas Barei, da bancada democrata-cristã alemã, deixou claro que a maior ameaça ao mercado automotivo europeu não são mais os concorrentes chineses, mas sim "a enxurrada de regulamentação europeia". Ele tem razão: ninguém conseguiu explicar de forma convincente por que precisamos de metas de emissão para proteger o clima.
Akio Toyoda, presidente da Toyota, demonstrou mais sabedoria do que todos os burocratas de Bruxelas juntos ao afirmar que os veículos elétricos nunca vão superar 30% de participação no mercado global. Por quê? Porque ele entende que o mercado, não os políticos, decide o que as pessoas querem comprar.
O que estamos vendo é o choque entre duas visões de mundo: de um lado, o livre mercado, onde empresas competem para oferecer os melhores produtos aos melhores preços; do outro, o planejamento central autoritário, onde burocratas decidem o que é "bom" para você, independentemente do que você realmente quer ou precisa.
A UE, percebendo que sua política está fadada ao fracasso, agora está "deixando a porta aberta" para combustíveis sintéticos carbono-neutros. Que coincidência! Primeiro proíbem os motores a combustão, depois criam uma brecha para salvar as aparências. É o típico comportamento de burocrata: criar o problema e depois vender a solução.
A Alemanha está desesperada por uma exceção para e-combustíveis – uma alternativa sintética à gasolina que é muito mais cara que os combustíveis fósseis e não é produzida em grandes quantidades. A Itália quer uma exceção para biocombustíveis, apesar das preocupações com desmatamento e erosão do solo. A Polônia também apoia essa ideia.
Mas aqui está o truque: eles sabem que os e-combustíveis não estarão disponíveis em escala industrial por décadas. É uma falsa esperança, uma cenoura pendurada na frente dos consumidores para fazer parecer que existe uma alternativa, quando na verdade o objetivo sempre foi forçar todo mundo a comprar carros elétricos.
Hildegard Müller, presidente do lobby alemão VDA, já está pressionando por mais: "implementar a abertura tecnológica. Isso também inclui dar maior consideração ao papel dos híbridos plug-in além de 2035." Ou seja, a indústria está fazendo exatamente o que a ativista verde previu: pegando um centímetro e querendo um quilômetro.
O que essas montadoras perderam ao seguir cegamente a agenda verde? Flexibilidade de produção, bilhões em investimentos desperdiçados, participação de mercado e, principalmente, a confiança dos consumidores. Enquanto isso, montadoras chinesas, que não se deixaram levar por essa histeria ecológica, estão ganhando terreno no mercado global.
A ironia é deliciosa: ao tentar salvar o planeta através de decretos autoritários, a UE está destruindo uma das suas principais indústrias. Os postos de trabalho que serão perdidos, as fábricas que serão fechadas, as empresas que irão à falência – tudo isso é o preço da arrogância de querer controlar o mercado através de regulamentações.
E agora, quando a situação chegou ao limite, os mesmos políticos que criaram essa bagunça estão fazendo uma "volta da vitória" em fábricas, celebrando concessões que deveriam ter feito desde o início. Séjourné, vice-presidente da Comissão, teve a cara de pau de dizer que "era paradoxal pedir aos fabricantes para pagar multas e ao mesmo tempo apoiá-los." Claro que era paradoxal! Qualquer pessoa com meio cérebro já sabia disso há anos.
A solução é simples: deixar o mercado decidir. Se os carros elétricos são realmente superiores, eles vão dominar naturalmente, sem precisar de imposições governamentais. Se os consumidores querem carros elétricos, eles vão comprar. Se preferem híbridos, a combustão ou qualquer outra tecnologia, essa é a escolha deles.
Não precisamos de burocratas europeus nos dizendo como devemos nos locomover. Precisamos de liberdade de escolha, competição genuína e respeito pela preferência do consumidor. O mercado sempre foi mais eficiente do que qualquer comitê de planejamento central para determinar quais tecnologias são viáveis e quais não são.
O que estamos vendo é o fim de uma das maiores fantasias da era moderna: a ideia de que é possível forçar uma transição tecnológica através de decretos políticos. A realidade está vencendo a ideologia, o mercado está vencendo o planejamento central, e os consumidores estão vencendo os burocratas.
As montadoras europeias estão aprendendo da pior forma possível que não dá para ignorar as leis da economia em nome de agendas políticas. E nós, consumidores, estamos vendo mais uma vez por que o livre mercado é sempre superior ao controle estatal.
A pergunta que fica é: quantos bilhões ainda vão ser desperdiçados até que os últimos idealistas percebam que o mercado sempre vence?
https://www.politico.eu/article/why-eu-combustion-car-ban-is-in-trouble-greenhouse-gas-climate-change/