Governo da CORÉIA DO SUL irá PROIBIR celulares nas escolas

Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências disso. O governo sul-coreano quer proibir à força o uso de celulares nas escolas, e ainda não entendeu os prejuízos desse ato: cada aluno e cada escola tem uma necessidade diferente!

Em um movimento que parece saído do manual de controle do ENEM, o governo da Coreia do Sul anunciou que, a partir de março de 2026, vai proibir o uso de celulares nas salas de aula. A justificativa é a preocupação com o vício dos jovens, a queda no rendimento escolar e os problemas emocionais. No papel, tudo é bonito, com uma pompa de responsabilidade; entretanto, no fundo, é só mais um exemplo da velha mania estatal de, ao se deparar com um problema complexo, escolher a solução mais simples, mais fácil e sempre a mais errada possível. Em vez de ensinar os alunos a usarem a tecnologia com consciência e prepará-los para o mundo real, o governo escolhe o caminho da proibição. Corta. Bloqueia. Controla. E, com isso, revela sua verdadeira natureza, que não é educar, mas dominar.
A Coreia do Sul é um dos países mais conectados do mundo. A tecnologia faz parte da vida de todos os sul-coreanos, de todas as idades. E justamente lá, onde o digital é realidade, o governo decide que a resposta é tirar o celular das mãos das crianças. A lei proíbe o uso de aparelhos nas salas, com exceções apenas para alunos com deficiência ou em atividades educacionais específicas. Alguns parlamentares até questionaram se isso não fere os direitos humanos. Entretanto, a Comissão Nacional de Direitos Humanos achou que tudo bem. Para eles, limitar o uso do celular na escola não viola nenhuma regra burocrática. 
(Sugestão de Pausa)
O que ninguém parece querer enxergar é que o celular, como qualquer ferramenta, é neutro. Ele pode ser usado para passar o tempo, mas também pode ser usado para pesquisar, aprender, criar e se comunicar. Proibir celulares na escola é como proibir uma caneta porque alguém pode escrever ofensas, ou proibir livros porque têm conteúdo pesado. É infantilizar o aluno, tratando a tecnologia como inimiga em vez de aliada.
Quando o Estado proíbe o uso de celulares na escola, ele não protege as crianças e adolescentes. Ele os sufoca e os infantiliza. Em vez de preparar os jovens para o século XXI, empurra-os para um modelo de educação do século XX, em um sistema digno de fazer lacrimejar os olhos do finado Otto von Bismarck. Um modelo fechado, rígido, no qual o aluno é um receptor passivo de informação, e não um agente ativo do próprio aprendizado. A proibição não resolve o problema do vício, apenas o esconde. O aluno pode não usar o celular na sala, mas no intervalo, no corredor, em casa, ele continua lá, grudado na tela. E o pior é que essa decisão não é sobre educação, mas puramente sobre controle. O governo assume que sabe melhor do que os pais, melhor do que os professores, melhor do que os próprios alunos, o que é bom para eles. Esquece que cada criança é diferente, que cada família tem sua realidade e que um celular pode ser uma ferramenta de inclusão para um aluno com dificuldade de leitura ou um canal de aprendizado para quem tem transtorno de atenção. Ao proibir, o Estado trata todos de forma igual, e igualdade forçada não é justiça, é imposição de regra de cima para baixo disfarçada de boas intenções.
(Sugestão de Pausa)
Em uma sociedade de leis privadas, onde cada escola é uma instituição independente com proprietários particulares, as políticas educacionais seriam descentralizadas e haveria uma grande liberdade de escolha. Não existiria uma única escola obrigatória nem uma única regra para todos. Haveria escolas diferentes, com métodos e abordagens diferentes. Algumas poderiam proibir celulares, enquanto outras poderiam integrá-los ao ensino. Caberia aos pais escolherem onde matricular seus filhos. E caberia às escolas competirem para oferecer o melhor ambiente de aprendizado. Nesse cenário, a tecnologia não seria vista como ameaça, mas como oportunidade. Escolas que soubessem usar o celular como ferramenta de pesquisa, colaboração e criatividade teriam vantagem. Atrairiam mais alunos e cresceriam. As que falhassem perderiam espaço. A qualidade subiria. A inovação floresceria. E o aluno sairia da escola preparado para o mundo real, não para uma sala na qual tudo é proibido.
O famoso economista Friedrich Hayek, um dos grandes nomes da Escola Austríaca de Economia, já mostrou que o planejamento central sempre falha. Porque ninguém, por mais inteligente que seja, pode saber o que é melhor para milhões de pessoas diferentes. A solução não vem de um burocrata dizendo o que as escolas têm de fazer, mas dos indivíduos e da sua ação individual, da sua livre escolha. Na educação, isso é ainda mais claro. Um sistema que tenta padronizar tudo acaba matando a criatividade, a diversidade e a autonomia - e é isso que o sistema de ensino estatal faz ao padronizar e homogeneizar todo o modelo de ensino no país. No capitalismo de livre mercado, a educação não seria um monopólio estatal, mas um serviço como qualquer outro, que teria toda a dinamicidade possível devido à sua máxima liberdade e ao que é apetecível para seus clientes.
(Sugestão de Pausa)
Queremos que os pais possam decidir onde seus filhos vão estudar, como estudar e com que ferramentas. Eles podem escolher uma escola tradicional, sem tecnologia. Podem escolher uma escola moderna, com aulas online, robótica, inteligência artificial. Tudo isso seria possível, inclusive aprender via homeschooling, utilizando métodos de aprendizado pela internet. E nenhuma dessas escolas teria poder para impor regras a quem não quisesse segui-las. A escolha seria livre e a saída, fácil. Se uma escola proíbe o celular e o aluno precisa dele para aprender, os pais vão para outra. Simples assim.
No modelo libertário, nenhum ministério definiria o que pode ou não ser usado. A decisão ficaria com os professores, com as escolas e com as famílias. Algumas poderiam proibir. Outras poderiam usar o celular como parte do ensino. E o mercado decidiria qual modelo funciona melhor. Escolas que ensinam o uso responsável da tecnologia atrairiam pais mais conscientes. Escolas que simplesmente proíbem, por medo, perderiam alguns alunos que gostam de tecnologia, mas poderiam atrair outros tipos de estudantes. A competição garantiria que as boas práticas prevalecessem, sem burocracia, imposição e leis forçadas. Além disso, é bem provável que a tecnologia seria integrativa, não exclusiva. Em vez de tirar o celular da mão do aluno, as escolas ensinariam como usá-lo bem, como pesquisar com qualidade, como evitar distrações e como usar aplicativos de produtividade, leitura e ajuda com matemática.
(Sugestão de Pausa)
 O celular viraria uma extensão da aprendizagem. Alunos com deficiência auditiva usariam legendas em tempo real. Alunos com TDAH usariam aplicativos de foco. Adolescentes curiosos usariam a internet para ir além do livro, e os professores, em vez de serem guardiões da ordem, virariam mentores, guias e facilitadores. A educação deixaria de ser uma prisão de regras e se tornaria um espaço de descoberta. Concomitantemente, os pais teriam o poder real de decidir. Hoje, muitos se sentem impotentes, ao saberem que o celular pode ajudar, mas não podem mudar a regra da escola. Em um mundo libertário, isso mudaria. A escola existiria para servir à família, não para controlá-la. Os pais escolheriam não só a escola, mas o modelo pedagógico. Poderiam optar pelo ensino domiciliar, por cooperativas educacionais, por escolas com ou sem tecnologia. Tudo seria possível. E cada escola teria que se esforçar para merecer a confiança dos pais, ou perderia clientes valiosos, podendo chegar ao ponto de fechar as portas.
Enfim, a proibição de celulares na Coreia do Sul é só mais um capítulo da antiga história do governo e de seus burocratas ungidos que tentam a todo custo controlar a vida alheia. Em vez de educar e instruir, fazendo os alunos amadurecerem, o sistema de ensino estatal prefere apenas proibir. Em vez de preparar, prefere evitar. E, com isso, cria gerações de pessoas que não sabem lidar com a liberdade, que não sabem tomar decisões e que não sabem usar o que o mundo oferece. A solução definitiva seria a proibição, mas da existência do Estado, e não do uso de celulares nas escolas. A famosa filósofa Ayn Rand já dizia que se pode ignorar a realidade, mas não se pode ignorar as consequências de ignorar a realidade. Fechar os olhos para a tecnologia atual, que deixa disponível na mão de cada aluno toda a informação e ferramenta possíveis por meio da informação descentralizada e distribuída, é negar a realidade. Acreditar que isso está fazendo bem para as crianças é como acreditar que não usar a internet trará algum benefício no médio ou longo prazo. E não, não haverá benefícios, somente atrasos na possibilidade de utilizar uma ferramenta que traga mais liberdade para cada indivíduo.

Referências:

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2025/08/29/coreia-do-sul-proibira-telefones-celulares-nas-salas-de-aula.ghtml

https://www.cartacapital.com.br/tecnologia/alemanha-amplia-debate-sobre-proibir-smartphones-em-escolas

https://www.hardware.com.br/tecnologia/estudantes-sem-celular-coreia-do-sul-veta-smartphones-em-sala-de-aula

https://oantagonista.com.br/mundo/pais-aprova-lei-e-proibe-celulares-na-sala-de-aula