DETRAN bate RECORDES de MULTAS, mas MENOS CNHs são SUSPENSAS

Em tudo o que o governo se mete, seu objetivo é apenas um: sugar mais dinheiro de suas vítimas. E quando falamos de regras de trânsito, multas e fiscalização, o modus operandi do leviatã estatal continua o mesmo de sempre: como arrecadar mais?

Todo motorista já sentiu aquele frio na barriga ao ver uma blitz. Mesmo quem está com tudo em ordem sente receio. Isso porque esse tipo de fiscalização parece existir mais para punir do que para proteger. A sensação é de estar sempre na mira, mesmo sem ter feito nada de errado.
A grande jogada dos governos não está na força bruta, mas em assumir responsabilidades que não conseguem cumprir — e cobrar por isso. Prometem segurança, organização, justiça. Mas entregam taxas, normas contraditórias e punições automáticas. No trânsito, isso é escancarado.
Apesar do número recorde de multas em 2024 — quase 75 milhões — o número de suspensões de CNHs caiu drasticamente para menos de 300 mil no ano, algo bastante baixo se comparado a anos anteriores. Isso não é contradição, é cálculo. O Estado flexibiliza onde arrecada mais e endurece onde pode controlar melhor. A mudança no limite de pontos e a adaptação das penalidades mostram que o objetivo não é a segurança, mas o equilíbrio entre arrecadação e obediência. A coerção raramente é lógica — quase sempre é conveniente.
(Sugestão de Pausa)
Pode parecer que o Estado está sendo mais tolerante ao suspender menos carteiras, mas o efeito é o oposto. Mantendo o motorista ativo, multiplica-se a chance de gerar novas infrações, taxas, cursos e renovações. Suspender seria fechar a torneira. Deixar você rodando, mas vulnerável, é muito mais lucrativo.
É a lógica do parasita paciente: não suga tudo de uma vez, mas devagar, garantindo que a vítima continue viva, produzindo... e pagando. A coerção moderna não precisa ser violenta — basta ser constante. Assim, o cidadão se adapta ao jogo e o Estado mantém sua receita garantida.
Ainda assim, em 2025, aumentaram as infrações que levam à suspensão imediata da CNH. Um simples deslize — como recusar o bafômetro — pode fazer você perder sua carteira. Isso é apresentado como medida de segurança, mas, na prática, é mais um mecanismo de controle.
A CNH deixou de ser um documento que comprova habilidade. Virou uma permissão frágil, que o governo concede e pode retirar a qualquer momento. Quando você precisa pedir autorização para exercer uma atividade básica, como dirigir para o trabalho, isso já não é liberdade — é permissão condicional.
Atualmente, basta ultrapassar 50% da velocidade permitida, recusar o bafômetro, participar de racha, fugir de blitz ou ultrapassar em local proibido para ter a CNH suspensa. Algumas dessas penalidades fazem sentido. Outras, como a recusa ao bafômetro, se apoiam em uma inversão perversa: você é culpado por proteger seu próprio direito constitucional de não produzir prova contra si. Isso não é justiça, é chantagem legalizada.
Sim, existem motoristas irresponsáveis. Mas punir todos como se fossem criminosos não resolve o problema. A simples possibilidade de dano não justifica punição antecipada. Dirigir envolve risco, como quase tudo na vida. A punição só faz sentido quando há dano real, e não apenas pelo descumprimento de uma regra abstrata.
O Detran não sabe quem você é. Não sabe se você é prudente, experiente ou descuidado. Ele apenas aplica punições com base em números. Dois erros técnicos — ou uma recusa — e sua carteira pode ser cancelada. É um sistema que foca em castigar por desagradar na maioria das vezes, e não por causar prejuízo.
(Sugestão de Pausa)
Regras são necessárias, claro. Mas quem as define? Em vias privadas, o gestor se importa com a fluidez, segurança e manutenção, porque seu lucro depende disso. Já o governo não sofre com buracos, engarrafamentos ou má sinalização. Pelo contrário: lucra com multas.
Dirigir, no Brasil, se tornou um favor estatal. Você paga IPVA, licenciamento, pedágio, seguro obrigatório — e mesmo assim pode perder o direito de dirigir se um agente implicar com você. Isso é justo?
Num cenário libertário, onde a propriedade privada rege as relações, as carteiras de motorista funcionariam como certificações privadas. Empresas com reputação a zelar emitiriam os certificados. Ninguém seria obrigado a tê-los, mas poucos se arriscariam a dirigir sem. Afinal, a sociedade ainda reconhece a responsabilidade envolvida na direção.
Pais não deixariam crianças de 12 anos dirigirem porque o bom senso bastaria. A imprudência teria consequência direta. Motoristas bons seriam certificados facilmente; motoristas ruins teriam mais dificuldade para circular. Cada caso seria avaliado com mais justiça, mérito e eficiência.
A segurança no trânsito não depende do Estado, mas de incentivos corretos. Imagine rodovias privadas onde regras fossem definidas por empresas interessadas em manter o tráfego seguro, rápido e funcional. Certificações poderiam vir de seguradoras, empresas de auditoria ou cooperativas. Quem dirige mal perde o contrato. Quem dirige bem paga menos. As regras seriam claras, aceitas voluntariamente e, em caso de disputa, árbitros privados resolveriam — sem processos administrativos obscuros, onde quem pune também julga.
(Sugestão de Pausa)
“E os pobres?” — você pode perguntar. Mas a verdade é que eles já estão em desvantagem. São os mais visados em blitz, têm menos acesso à justiça, menos margem para recorrer ou pagar cursos. Num modelo descentralizado, haveria opções diversas, preços mais competitivos e até redes de apoio comunitário. Seria mais justo, mesmo sem ser perfeito.
Hoje, o Estado obriga você a fazer cursos que não ensinam nada. É um teatro pedagógico, um ciclo de punição que sustenta empresas amigas do governo. O Detran arrecada com multas, taxas e serviços obrigatórios, mas não precisa provar que melhorou o trânsito. Enquanto isso, os acidentes continuam e o medo cresce. A CNH virou uma coleira com código de barras.
A maioria das pessoas aceita isso como algo natural. Poucos se perguntam: “Pagar para quem? E por quê?” Se você comete uma infração que não causou acidente, não feriu ninguém e não invadiu propriedade alheia, por que a punição automática?
Essa é a diferença entre justiça estatal e justiça libertária: a primeira se baseia em regras; a segunda, em expropriar mais dos pagadores de impostos e criar novas castas parasitárias. No modelo libertário, um ato só pode ser punido se houver dano concreto. Já no modelo estatal, basta descumprir uma diretriz — mesmo absurda ou sem sentido — para ser punido.
(Sugestão de Pausa)
A coerência das normas pouco importa. Se a via está mal sinalizada, se o limite é irreal, ou se a blitz é arbitrária — não interessa. O radar não pensa, e o fiscal não tem tempo. A máquina apenas aplica.
Em vias privadas, quem causa acidentes ou dirige embriagado pode ser banido, ou processado com base em contratos claros e nos danos causados. Há proporcionalidade, responsabilidade e incentivo real à segurança. Não é preciso criar mil leis — basta aplicar consequências reais a quem causa danos reais.
A recusa ao bafômetro é um exemplo claro de inversão. A Constituição garante que ninguém é obrigado a se autoincriminar. Mas o Código de Trânsito trata essa recusa como culpa automática. Ou você cede, ou é punido. Isso não é Estado de Direito — é um jogo de poder.
A punição hoje é moldada por interesse. O Estado lucra com fabricantes de bafômetro, contratos com autoescolas e cursos obrigatórios. Mesmo que o motorista seja bom, precisa seguir ritos inúteis para reaver sua carteira. O sistema não educa; apenas arrecada.
Você pode pensar: “Mas então quem dirige mal fica impune?” Claro que não. Um sistema justo pune, sim, mas proporcionalmente, com base no dano causado, não por desobedecer regras sem contexto.
Infelizmente, dirigir virou um jogo onde o juiz muda as regras no meio da partida. Mesmo que você siga tudo à risca, ainda pode ser punido por “conduta inadequada”. E o mais irônico: muitos aceitam isso como se fosse normal. Como se só o Estado fosse capaz de garantir segurança — mesmo falhando em tudo e cobrando caro.
(Sugestão de Pausa)
Libertários, na verdade, não defendem o caos. Defendem responsabilidade real, descentralização e soluções baseadas em mérito e no que já funciona. Um bom motorista deve ser valorizado. O imprudente, punido — mas de forma justa e direta.
Monopólios forçados, como o do Detran, inevitavelmente geram abuso. Ele pode te tratar mal, cobrar caro e punir sem lógica — e você não tem outra opção. Num sistema livre, empresas que agissem assim perderiam clientes.
A segurança do motorista e dos passageiros, quando incentivada corretamente, se torna prioridade porque gera lucro. E imprudência é combatida porque afasta usuários. Não seria tudo perfeito no modelo anarcocapitalista, mas seria mais justo, eficiente e racional.
Felizmente — ou infelizmente, para alguns — o Estado brasileiro é fraco em fiscalizar e aplicar a lei. Se fosse mais eficiente e rígido como alguns indivíduos tanto desejam, já viveríamos sob uma “Venezuela 2.0”, com regras absurdas sendo aplicadas à risca, sem flexibilidade, sem alívio.
Por fim, ninguém precisa do leviatã estatal para saber que uma criança de 7 anos não deve dirigir, ou que um capacete usado corretamente pode salvar vidas. O bom senso não precisa de decreto. A responsabilidade é pessoal. E liberdade só existe quando ela não depende da aprovação de quem lucra com sua submissão.
Viva sua vida — mas pense bem antes de investir num país onde até dirigir exige submissão a um sistema que pune sem ouvir, cobra sem ensinar e manda sem prestar contas.


Referências:

https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/06/29/cnhs-suspensas-despencam-mesmo-com-recorde-de-multas.ghtml

https://terrabrasilnoticias.com/2025/07/infracoes-gravissimas-que-geram-suspensao-imediata-da-cnh

https://m.youtube.com/watch?v=abRz1dpkNO0&pp=ygUYYW5jYXBzdSBjbGFzc2ljIHRyYW5zaXRv