INFLUENCIADORA de DIREITA, NANDA GUARDIAN, é CENSURADA PREVIAMENTE pelo YOUTUBE À MANDO DO ESTADO

No Brasil, quem fala a verdades inconvenientes e incomoda a elite, está sempre na mira do governo, e isso porque ainda somos uma democracia, imagine se não fosse.

Nanda Guardian não é uma total desconhecida no debate público brasileiro. A influenciadora de direita mantém um canal no YouTube com 409 mil inscritos e uma conta no Instagram com 224 mil seguidores, utilizando suas redes sociais para defender a liberdade, o livre comércio e o conservadorismo. Fora do mundo digital, Nanda é formada em Engenharia Química pela USP e construiu uma carreira sólida no mercado financeiro, incluindo passagem pelo Citibank. Hoje, trilha um caminho que combina finanças, investimentos e política. Atualmente, cursa pós-graduação em Economia pelo Instituto Mises Brasil, e sua atuação reflete a defesa consistente das ideias de liberdade e da redução do Estado.
Em um vídeo recente que gerou enorme repercussão, Nanda fez uma crítica incisiva ao Banco do Brasil. Em sua análise, observou a queda dos lucros e a desvalorização das ações da instituição. Diagnosticou a situação como “um projeto comunista”, em linha com as ideias de Marx sobre a centralização do crédito nas mãos do Estado. Apontou ainda que a prioridade do banco parecia ser atender pautas de ESG, em vez de gerar retorno real para acionistas e clientes.
As críticas de Nanda irritaram muitos “web comunas”, que, sem aceitar ouvir certas verdades, começaram a denunciar o vídeo em massa no YouTube. Em apenas 10 dias, o conteúdo foi removido sob a alegação de violações das regras da plataforma. Mais tarde, descobriu-se que as denúncias vieram principalmente de um grupo de aprovados em concurso público do Banco do Brasil. O episódio é irônico, considerando que conteúdos incitando abertamente o ódio continuam disponíveis sem maiores problemas. Basta lembrar da onda de postagens que celebravam a morte de figuras públicas da direita, como Charlie Kirk.
(Sugestão de Pausa)
Para os libertários, é importante frisar que nenhum discurso deve sofrer censura, mesmo os mais insensíveis ou cruéis, como as falas de Eduardo Bueno no caso Kirk. Palavras por si só não violam propriedade nem integridade física. Ainda assim, plataformas privadas como o YouTube têm o direito de adotar diretrizes internas e restringir certos discursos. O que chama atenção é o critério seletivo: discursos de ódio permanecem no ar, enquanto uma crítica legítima a uma instituição estatal é apagada. Sempre que isso ocorre, estatistas surgem com justificativas fantasiosas para defender o indefensável. Nesse caso, alegaram que o vídeo poderia gerar desinvestimento ou até corrida bancária. Um exagero: o Banco do Brasil tem mais de 70 milhões de clientes, enquanto o canal de Nanda possui pouco mais de 400 mil inscritos — impossível causar impacto real.
Apesar de não envolver diretamente o poder público, o episódio não pode ser tratado como um caso isolado. Ele se insere em um processo mais amplo de erosão da liberdade de expressão no Brasil, impulsionado por decisões judiciais e pela pressão estatal sobre as plataformas digitais.
Para entender o peso disso, é necessário lembrar a origem dessa onda de censura online. Desde 2019, com a abertura do chamado Inquérito das Fake News no Supremo Tribunal Federal, o país passou a conviver com um mecanismo que legitima a remoção de conteúdos e o bloqueio de perfis. Esse mesmo instrumento abriu espaço para perseguições judiciais contra críticos, sob o pretexto de proteger instituições e a democracia contra supostas ameaças.
O cientista político Fernando Schüler descreveu o processo como a instauração de um “espectro de estado de exceção”. Segundo ele, a censura prévia, vedada pela Constituição, passou a ser praticada de forma rotineira, mesmo sem respaldo legal claro. A investigação conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, quase sempre em sigilo, já atingiu empresários, políticos e influenciadores. O que começou como promessa de conter ataques à Suprema Corte logo se transformou em um instrumento flexível e arbitrário para silenciar vozes dissonantes.
(Sugestão de Pausa)
A gravidade se revela em casos concretos. Influenciadores como Monark e Allan dos Santos tiveram de deixar o país, buscando refúgio nos Estados Unidos, e ainda assim não escaparam de perseguições. O YouTube e outras plataformas foram pressionados a excluir não apenas conteúdos, mas canais inteiros — medida que contraria o próprio Código Civil, que prevê a retirada de publicações específicas, não o banimento completo de indivíduos sem contraditório ou processo formal.
Esse movimento provocou inclusive instabilidade diplomática. A condução de Moraes gerou atritos com o governo Trump, que aplicou sanções ao ministro com base na lei Magnitsky, usada contra violações de direitos humanos. A partir desse ponto, tornou-se impossível ignorar o poder concentrado em decisões monocráticas que afetam a liberdade digital de milhões.
O problema não é apenas o efeito imediato, mas o precedente que se cria. O STF já acumula um poder desproporcional, mas quando legitima práticas de censura, mesmo sob o pretexto de proteger instituições, abre-se espaço para que qualquer voz crítica seja enquadrada como “ameaça à democracia”.
Se antes a censura parecia atingir apenas grandes nomes da política ou influenciadores de alcance nacional, hoje já ameaça qualquer cidadão online. Um exemplo recente foi o caso da cirurgia de Lula, em outubro, após um hematoma cerebral. A notícia, de evidente interesse público, gerou comentários e especulações nas redes. A reação do governo, contudo, foi abafar o debate: a AGU notificou o YouTube exigindo a remoção de 12 publicações que questionavam a saúde do presidente. Sete vídeos foram retirados de imediato, sem ordem judicial.
(Sugestão de Pausa)
Segundo a AGU, os conteúdos violavam o direito à informação, extrapolavam a liberdade de expressão e configuravam ato ilícito. A justificativa de proteger a imagem da autoridade se sobrepôs ao debate público. O governo ainda exigiu que apenas boletins médicos oficiais fossem reconhecidos como “informações verídicas”. Esse caso abriu precedente perigoso: a narrativa oficial passa a ser critério para definir o que é ou não verdade, lembrando o “Ministério da Verdade” de George Orwell.
Esse ambiente conecta-se diretamente ao episódio vivido por Nanda Guardian. Mesmo sem pedido formal do Estado, a remoção ocorreu em um contexto moldado por pressão institucional. Denúncias organizadas encontram terreno fértil porque moderadores já associam qualquer crítica política ao risco de perseguição judicial.
Assim, qualquer opinião minimamente desalinhada ao governo pode ser tachada de “fake news” ou “ataque à democracia”. E, quando o critério é subjetivo, todos viram alvos em potencial. Plataformas como o YouTube, por medo de processos e aversão a polêmicas, optam pela autocensura. O resultado é que criadores de conteúdo pensam duas vezes antes de publicar — não por acreditarem estar errados, mas por saberem que podem ser silenciados sem direito de defesa.
É exatamente o que os libertários sempre alertaram: toda forma de censura é prejudicial, mesmo contra discursos absurdos. Conceder ao Estado o poder de censurar pode parecer positivo no início, mas logo se torna prática rotineira.
A censura ao vídeo de Nanda Guardian é apenas o início de uma nova onda autoritária que tende a atingir usuários comuns. O fato de a plataforma ter cedido prontamente mostra que a censura prévia já se tornou um reflexo condicionado diante da pressão estatal.
(Sugestão de Pausa)
Quando o Estado assume o poder de decidir o que pode ou não ser dito, todas as liberdades individuais ficam subordinadas a burocratas e magistrados. Plataformas privadas, que poderiam ser espaços de livre troca, acabam transformadas em braços de uma política de silenciamento.
A alternativa não está em pedir que o Estado regule “menos” ou censure “apenas os excessos” — isso é ingenuidade. A verdadeira saída está em eliminar o único ente que nos impede de usufruir de um mercado de ideias livre, no qual indivíduos assumem a responsabilidade direta pelo que produzem e consomem. Um espaço em que verdades e mentiras, argumentos sólidos e bobagens convivam, e no qual o filtro seja a escolha de cada pessoa, não a canetada de um tribunal.
A expansão do poder estatal sobre a fala digital é incompatível com a individualidade. Cada vídeo derrubado, cada conta banida sem devido processo, é prova de que, enquanto houver Estado, nunca seremos plenamente livres — nem materialmente, nem no campo das ideias.
Felizmente, a tecnologia tem se mostrado aliada da liberdade. Com o avanço da regulação contra plataformas como YouTube e X, surgem alternativas descentralizadas e resistentes à censura. Redes como Parler e Rumble despontam como opções viáveis, muitas vezes acolhendo exilados políticos como Allan dos Santos e Monark. Além disso, plataformas como Steemit e Lens Protocol exploram o uso do blockchain como ferramenta contra o silenciamento.
(Sugestão de Pausa)
Essas iniciativas mostram que a liberdade não se preserva pedindo licença a quem deseja eliminá-la, mas sim pela coragem de afirmar que o indivíduo é soberano sobre sua palavra e sobre sua vida.


Referências:

https://youtu.be/dap2NUg_PEA?si=jlYWHlDVjdvxogeu

https://www.cnnbrasil.com.br/politica/censura-previa-e-praticada-no-brasil-desde-inquerito-das-fake-news-diz-fernando-schuler/?utm_source=chatgpt.com

https://revistaoeste.com/politica/saude-de-lula-governo-manda-e-youtube-tira-videos-do-ar