Lula diz que vai LEVAR JANJA a encontro com TRUMP, mas será que ela teria CORAGEM de ir?

Lula quer levar Janja pro encontro com Trump: prepare a carteira, pois a selfie diplomática vai sair do seu bolso.

Em plena 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, Lula soltou mais uma de suas pérolas: “Quando eu for conversar com o Trump, eu vou levá-la. Eu quero que ele veja”.

 A “ela” em questão é Janja, a primeira-dama, apelidada por Lula de “mulher mais bem-casada do planeta Terra”. Janja, sem papas na língua (ou na mão), fez sinal de “não, obrigada” ao vivo. O encontro com Trump ainda não tem data, mas já tem meme.

O problema não é só a piada de mal gosto. É que Janja virou figura recorrente em gafes diplomáticas: pediu regulação no TikTok na frente de Xi Jinping, dançou no TikTok enquanto o Rio Grande do Sul inundava, foi vetada em foto oficial na Índia, ofendeu Elon Musk no G20 e ainda roubou a cena em eventos que, teoricamente, não deveriam ter palco para cônjuges. Tudo isso bancado com dinheiro público, claro. A conta da viagem à ONU, por exemplo, passou dos R$ 3 milhões só em passagens e hospedagem da comitiva.

Agora, a opinião de quem acredita que o estado deveria era vender a EMBRATUR e abrir um Airbnb no Palácio do Planalto: o problema em si não é a Janja, é o cargo. Janja é só um símbolo de um problema maior: o estado brasileiro ainda funciona como uma monarquia de casamento. A primeira-dama não é eleita, não tem função constitucional, não assina nada, mas gasta como se fosse a rainha da Inglaterra em turnê pelo mundo.

Como bem lembra Murray Rothbard em Anatomia do estado, o governo não é uma entidade benevolente: é uma máquina de extrair recursos por meio de impostos e distribuir privilégios para aliados. E, nesse sentido, Janja é apenas mais uma beneficiária do clientelismo institucionalizado.

Diplomacia de casal é coisa de monarquia, não de república. Lula quer levar Janja para um encontro com Trump. Tá certo que Trump também levava a família toda pra cima do Air Force One, mas dois errados não fazem um libertário certo.

A tradição de levar cônjuges em viagens oficiais é um requisito de monarquia, onde a rainha ou a princesa representava o poder simbólico do rei. Em uma república, não deveria haver representante simbólico algum. Cada um deveria pagar sua passagem, seu hotel e sua própria coca zero no minibar.

Como disse Hans-Hermann Hoppe em “Democracia: O Deus que falhou”:
“As monarquias são menos piores que as democracias porque, ao menos, o rei tem um incentivo a longo prazo de não destruir o país. Já os políticos democráticos só pensam até a próxima eleição.”

Janja foi a única cônjuge presente em reunião fechada de chefes de estado na Índia. Traduzindo: ela ocupou uma vaga que não era dela, em um evento pago com seu dinheiro, para discutir assuntos que ela não foi eleita para decidir.

Isso é o que a escola austríaca chama de externalidade negativa: quando alguém impõe custos a terceiros sem consentimento. No caso, nós, os pagadores de impostos, financiamos o tratamento real de uma pessoa que nunca foi nomeada para nada. É como disse Mises: O governo não tem recursos próprios. Tudo o que ele gasta, ele tirou de alguém.
O que ainda não foi dito: Janja é só um espelho do vício em estado. A esquerda critica Janja (é raro mas acontece), por ser “sem noção”. A direita critica Janja por ser “comunista de iPhone”. Mas ninguém critica o verdadeiro problema: por que diabos a primeira-dama tem orçamento público?
Em um país sério, não haveria primeira-dama. Haveria presidente, esposa do presidente, e nenhum centavo de dinheiro público para a segunda opção. Se ela quiser dançar no TikTok, que dance. Mas que pague o próprio ring light.
O ideal mesmo seria que ninguém tivesse orçamento público, afinal, imposto é roubo. Mas enquanto o dia da proclamação do Ancapistão ainda não chega, podemos discutir soluções paliativas, que poderiam ao menos amenizar o tamanho do roubo.
Primeiro, acabar com o cargo de primeira-dama. Não está na Constituição, não deveria estar no orçamento. Segundo privatizar todos os eventos de diplomacia. Quer levar a esposa pra jantar com o Trump, Xi-Jinping ou com o capiroto? Pague do seu bolso.
Terceiro, Criar um “plano de assinatura” para cônjuges de políticos. Assim como tem Netflix, teria o Diplomax: por R$ 99,90/mês, leva sua esposa pra qualquer cúpula. Quer foto oficial? R$ 19,90 extra. Acabe com a obrigação de fotos oficiais. Se o Modi não quer foto com Janja, ele não é obrigado. Isso é liberdade de associação, meus amigos. Brincadeiras à parte, o problema não é quem dança, é quem paga o baile.
Janja é só mais uma funcionária fantasma do estado. O problema não é ela ter dançado no TikTok, é nós termos pagado o voo, o hotel e o dublê.
Se o libertarianismo nos ensina algo, é que o estado não deveria existir para financiar sua vida, minha vida ou a vida da esposa do presidente. Cada um deveria pagar seu próprio churrasco, sua própria viagem, seu próprio dançarino de TikTok.
É como disse David Friedman: “Se você quer entender por que o governo é ineficiente, tente imaginar uma empresa onde o cliente não pode recusar o produto, o preço é cobrado à força e o dono muda a cada quatro anos”.
Mas e se a gente privatizasse... a própria primeira-dama? Calma, não estou sugerindo que a gente venda a Janja no Mercado Livre (até porque o estoque ficaria encalhado). O que estou dizendo é: se o cargo não existe na Constituição, por que existe no orçamento?
Vamos aplicar aqui o princípio da subsidiariedade, caro ao libertarianismo: tudo o que pode ser feito pela iniciativa privada não deve ser feito pelo estado.
Ou seja: se a função de “representante simbólico do Brasil” é tão importante assim, abre pra concorrência. Deixa o MEC criar um edital: “Quer ser embaixador simbólico do Brasil? Manda teu currículo, fala 3 idiomas e dança funk em cima de um carro oficial”. O salário? Pago por patrocinadores. Vai que a Ambev quer bancar a primeira-dama em troca de uma foto com uma Brahma na mão? Liberdade, baby.
O verdadeiro escândalo não é esse. O problema é que a gente tá discutindo Janja enquanto o estado rouba 40% do nosso salário. Vamos ser sinceros: a Janja pode até ter dançado no TikTok com a bandeira do Brasil estampada no biquíni, mas o verdadeiro escândalo não é o que ela faz com o dinheiro público — é o fato de que existe dinheiro público pra ela gastar.
Enquanto a mídia fica 72 horas discutindo se ela ofendeu o Elon Musk ou se dançou demais na Índia, o governo aumenta o imposto sobre combustível, cria mais 3 tributos sobre streaming e financia a construção de mais 12 estatais fantasmas em cidades onde ninguém mora.
A lição final é que a gente não precisa apenas de menos Janja, a gente precisa de menos estado. Janja é só um espelho cômico de um problema trágico: o Brasil ainda funciona como se fosse a corte de Luís XIV, só que com Instagram e avião presidencial. A solução libertária não é “tirar a Janja da jogada”. É acabar com a jogada.
No fim, sabemos que a Janja não vai ao encontro com o Trump, mas fique tranquilo, para ela não faltará criatividade e “agenda” para gastar o nosso dinheiro.
Enquanto isso, talvez o bebedor de 51 de Garanhuns, faça algo que preste e realmente se encontre com o Trump, para amenizar o nosso lado, caso contrário, intensifique suas compras de Bitcoin pois 2026 promete.

Referências:

https://www1.folha.uol.com.br/blogs/brasilia-hoje/2025/09/lula-brinca-que-vai-levar-janja-para-conversa-com-trump-primeira-dama-ri-e-faz-sinal-negativo.shtml

https://www.gazetadopovo.com.br/republica/lula-diz-que-vai-levar-janja-a-encontro-com-trump/