Enquanto o trabalhador brasileiro sofre, o Ministério do Trabalho, que não se importa com o trabalhador, turbina ONGs aliadas ao PT: repasses quintuplicam e beneficiam velhos camaradas do ministro. Coincidência? Pouco provável.
O Ministério do Trabalho, aquele órgão que supostamente deveria defender o trabalhador brasileiro, acaba de revelar sua verdadeira face ao quintuplicar os repasses para ONGs em apenas um ano. Do valor nada modesto de R$ 25 milhões em 2023, esse número saltou para a astronômica quantia R$ 132 milhões, em 2024. Coincidência? Claro que não! Por trás dessa multiplicação milagrosa de recursos está a velha fórmula do compadrio político que tanto conhecemos. Afinal, nenhum dinheiro na política é destinado para uma instituição sem haver um plano muito bem elaborado de ajudar os amigos.
E quem está no topo da lista das organizações agraciadas com essa chuva de dinheiro público? Surpresa nenhuma: ONGs intimamente ligadas ao sindicalismo do ABC paulista, berço político do atual ministro, Luiz Marinho (PT). É o velho "toma lá, dá cá" institucionalizado com o dinheiro do seu imposto. O ministro emergiu do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e, agora no poder, devolve o favor aos velhos camaradas, irrigando as organizações parceiras com uma enxurrada de recursos públicos.
Entre as campeãs de recursos está a Unisol (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Brasil), que arrecadou impressionantes R$ 17,6 milhões em parcerias. Nos últimos anos, durante o governo anterior de Jair Bolsonaro, essa mesma entidade nunca conseguiu ultrapassar a marca de R$ 4,2 milhões anuais. Mas bastou o retorno do molusco de 9 dedos ao Palácio do Planalto, e a nomeação de um ministro "amigo", para que os cofres se abrissem generosamente - é muito amor envolvido!
O caso mais escandaloso é um contrato de R$ 15,8 milhões para que a Unisol "ajude" na organização de catadores de lixo em Roraima e na retirada de resíduos sólidos da terra indígena yanomami. Sim, você leu corretamente: uma ONG sediada em São Bernardo do Campo (SP), a mais de 4 mil quilômetros de distância, recebeu esse montante para atuar no extremo norte do país. Quando questionada sobre como executaria esse trabalho à distância, a entidade preferiu o silêncio. Convenientemente.
E qual seria a qualificação especial da Unisol para essa empreitada? Ora, seu atual presidente, Arildo Mota Lopes, era membro da diretoria do sindicato metalúrgico presidido pelo atual ministro Marinho na gestão 2002-2005. Eis aí a verdadeira "qualificação técnica" que realmente importa nesse jogo de cartas marcadas.
O ministério, é claro, se defende com a narrativa de sempre: afirma que o aumento nos convênios é parte de uma "retomada de políticas", com investimentos em "estudos sobre mercado de trabalho". A mesma ladainha de sempre para justificar o injustificável. E ainda tentam nos convencer de que o contrato com a Unisol foi resultado de uma "chamada pública chancelada por banca examinadora formada por especialistas", segundo uma nota da instituição. Essa banca examinadora só pode ser formada por especialistas em distribuir dinheiro para aliados, pelo visto. Não tem como levar isso a sério.
O órgão também tenta se eximir da responsabilidade alegando que a maioria dos recursos vem de emendas impositivas – aquelas que o governo é obrigado a pagar. Segundo o ministério: "A definição das organizações aptas a receber tais recursos é realizada exclusivamente pelos parlamentares". Curioso como essas emendas parlamentares sempre encontram o caminho para as mesmas ONGs amigas, não? É claro que existe uma grande chance de haver um complô entre esses parlamentares de esquerda, que são induzidos a beneficiar os amigos dos integrantes do PT.
De fato, dos R$ 76,3 milhões previstos nos dez maiores contratos do Ministério do Trabalho com entidades sem fins lucrativos, R$ 60,6 milhões vêm dessas emendas. E, surpresa nenhuma, quatro dessas dez entidades estão ligadas de alguma forma ao movimento sindical. Seria isso o que chamam de "governança participativa" ou apenas o velho coronelismo com roupagem de ONG?
E não para por aí! A entidade com os maiores valores em convênios é o Instituto de Políticas Públicas Brasil Digital, com incríveis R$ 36,1 milhões em dez contratos sustentados por emendas da bancada do Tocantins. Um detalhe chama a atenção: quatro desses contratos foram investigados pela CGU ( a Controladoria-Geral da União), que encontrou "indícios de combinações de propostas" e descumprimento de compromissos, causando prejuízo de ao menos R$ 1,6 milhão ao erário. A CGU ainda destacou que os mecanismos do ministério para monitorar os acordos com as ONGs foram "incipientes". Em tradução direta: não existe fiscalização real.
A segunda ONG com maior volume de contratos, o Ibras (Instituto Brasileiro De Cidadania e Ação Social), com R$ 25,9 milhões na atual gestão, foi declarada inidônea em janeiro de 2025. Mas, evidentemente, os contratos foram assinados antes da punição e o ministério garante que, na época, "foram comprovados todos os requisitos legais". A velha estratégia de dizer à imprensa que "estava tudo regular quando assinamos", algo que eles amam usar como desculpa para passar um verniz de responsabilidade ao público.
Este é o retrato fiel do Brasil que voltou: um país onde o dinheiro público é direcionado para organizações amigas sob o pretexto de "políticas sociais", enquanto a fiscalização é praticamente inexistente. É a velha tática da esquerda no poder: usar o Estado como instrumento para financiar sua própria base política e ideológica, enquanto o trabalhador, que já paga uma quantidade enorme de impostos, sofre com a inflação, e quando se aposenta, tem seu dinheiro roubado por esquemas obscuros no INSS.
Ao que parece, o "povo" que tanto dizem defender é, na verdade, composto por dirigentes de ONGs e sindicatos ligados ao governo e seu partido político. O resto da população serve apenas para ser humilhada, pagar impostos e financiar essa ciranda do amor.
A única certeza que temos é que, enquanto o Estado continuar com esse poder descomunal sobre os recursos públicos, veremos repetidamente esse mesmo filme de favorecimento aos aliados e negligência com o verdadeiro interesse público. Enquanto isso, seguimos com a sensação de que, no Brasil, a máquina pública serve mais para distribuir benesses entre amigos do que para resolver os problemas reais da população. Por isso que o governo brasileiro tem caído em descrédito com a população, e que essa gestão do molusco tem, como seu maior êxito até o momento, a criação de uma nova legião de libertários e anarcocapitalistas que estão cansados de pagar essa conta.
Esse esquerma é o perfeito "negócio da China": parlamentares da base aliada destinam recursos para ONGs amigas, o ministério petista faz vista grossa para os critérios técnicos de seleção, e todos os envolvidos garantem a sua parte nesse banquete de dinheiro público. Os deputados ganham capital político, as ONGs ganham o dinheiro, o governo ganha o apoio das bases, e o contribuinte? Esse continua pagando a conta e assistindo ao espetáculo dantesco da gastança.
O relatório da CGU que constatou as irregularidades nos contratos do Instituto de Políticas Públicas Brasil Digital não é apenas mais um documento burocrático – é a prova concreta de um sistema projetado para falhar a favor de alguns. Quando o órgão fiscalizador aponta que os "mecanismos de monitoramento são incipientes", está, na verdade, descrevendo a receita perfeita para o desvio institucionalizado: libere o dinheiro primeiro, pergunte depois.
E o que dizer da Unisol que, de repente, se tornou especialista em questões indígenas? Uma ONG do ABC paulista que, por algum milagre orçamentário, recebeu R$ 15,8 milhões para trabalhar com indígenas a 4 mil quilômetros de distância. Se isso não acende um alerta vermelho em todos os sistemas de controle, é porque os alarmes foram deliberadamente desligados. A verdade incômoda é que essas entidades funcionam como vasos comunicantes para fazer o dinheiro público circular entre aliados políticos, sem que a sociedade perceba o esquema.
O pior de tudo é que essa engrenagem está perfeitamente legalizada e institucionalizada. A CGU aponta problemas, mas o dinheiro continua fluindo. O Ministério das Mulheres declara uma ONG inidônea, mas o Ministério do Trabalho já havia liberado o cheque. Os órgãos de controle identificam as irregularidades apenas quando o dinheiro já desapareceu no ralo dos convênios superfaturados e das prestações de contas nebulosas. E sabe-se lá se alguém será de fato punido nessa história. Afinal, os iluminados togados da instância mais poderosa do judiciário brasileiro também são amigos dos membros do partidão no poder.
Enquanto isso, o cidadão brasileiro continua enfrentando filas para conseguir atendimento no SUS. Já as nossas crianças e adolescentes, frequentam escolas com ensino péssimo e sem estrutura básica, os produtos no supermercado só têm subido de preço e temos um mercado de trabalho cada vez mais precarizado e sem oportunidades. Aquele mesmo mercado de trabalho que, ironicamente, o Ministério do Trabalho deveria estar cuidando, em vez de distribuir contratos milionários para ONGs dirigidas por companheiros de sindicato. Esse é o retrato do Brasil do PT, do país que perde a oportunidade de se desenvolver ano a ano, década após década.
https://jovempan.com.br/noticias/economia/ministerio-do-trabalho-multiplica-verba-e-fecha-contratos-com-ongs-ligadas-a-sindicatos.html
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/05/ministerio-do-trabalho-quintuplica-verba-e-contrata-ongs-ligadas-a-sindicatos-e-entidade-investigada.shtml
https://tocantins.jornalopcao.com.br/noticias/bancada-federal-do-tocantins-repassou-r-361-milhoes-em-2023-a-ong-investigada-pela-cgu-558054/