As POLÍTICAS SOCIAIS são muito caras! Diz o CHANCELER ALEMÃO Friedrich Merz

O chanceler alemão, Friedrich Merz, alertou os jovens para não confiarem apenas nas pensões pública e para investirem regularmente pequenas quantias em ações. Ele também pediu uma reforma nas despesas sociais. O estado de bem-estar social está colapsando!

A Alemanha, frequentemente vista como um bastião da estabilidade europeia e da prosperidade social, encontra-se agora diante de uma encruzilhada histórica. O próprio chanceler alemão, Friedrich Merz, declarou publicamente que "o Estado social que temos hoje não pode mais ser financiado com o que produzimos na economia". Essa afirmação, longe de ser apenas uma constatação fiscal, é um alerta profundo sobre os limites do modelo de bem-estar estatal. Representa o reconhecimento de que a utopia social-democrata, sustentada por décadas de redistribuição compulsória e promessas paternalistas, está ruindo sob o peso da realidade econômica. E é justamente nesse cenário que o libertarianismo e a economia de livre mercado se erguem como uma alternativa racional, ética e sustentável.
O Estado social, como concebido nas democracias europeias do pós-guerra, baseia-se na ideia de que o governo deve prover saúde, educação, aposentadoria e assistência social a todos os cidadãos, a fim de promover o que chamam de justiça social. Para isso, o leviatã cobra impostos progressivos, regula o mercado e intervém em praticamente todas as esferas da vida. À primeira vista, parece uma proposta nobre. Mas, como todo sistema que ignora os incentivos individuais e a lógica econômica, torna-se insustentável com o tempo. A Alemanha, com sua população envelhecendo rapidamente e sua força de trabalho diminuindo, é o exemplo mais claro dessa falência anunciada. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica de Colônia, até 2036, cerca de 19,5 milhões de baby boomers alemães se aposentarão, enquanto apenas 12,5 milhões de jovens trabalhadores entrarão no mercado. Isso significa menos pessoas produzindo e mais pessoas dependendo do Estado. A equação simplesmente não fecha. E você achando que apenas em nosso país subdesenvolvido existia o problema da previdência social... Na verdade, em todo lugar a previdência pública está colapsando aos poucos.
(Sugestão de Pausa)
Os libertários sempre alertaram para os perigos de um Estado inchado e paternalista. Quando o governo assume o papel de provedor universal, ele inevitavelmente precisa retirar recursos da sociedade produtiva para sustentar a máquina pública. E quem paga essa conta? Não são os ricos, como muitos acreditam, mas os trabalhadores comuns, os pequenos empreendedores, os jovens que estão começando suas carreiras. O Estado social, ao contrário do que se propaga, não redistribui riqueza de forma justa. Ele confisca o esforço dos que produzem e entrega migalhas aos que se tornam dependentes. É um sistema que perpetua a pobreza, desestimula o mérito e transforma cidadãos em súditos.
A fala do chanceler Merz é emblemática porque rompe com o discurso politicamente correto que domina a Europa há décadas. Ele não apenas reconhece a falência do modelo atual, como sugere que os jovens devem investir regularmente pequenas quantias em ações, em vez de confiar cegamente nas pensões estatais. Essa orientação, embora criticada pelos sindicatos como "descolada da realidade e perigosa", é profundamente libertária. Ela incentiva a autonomia financeira, a responsabilidade individual e a construção de patrimônio por meio do mercado. É um chamado à emancipação dos cidadãos frente à dependência estatal.
O problema do Estado social não é apenas econômico, mas também moral. Ao prometer cuidar de todos, o governo infantiliza a população. Cria-se uma cultura de dependência, em que as pessoas esperam que o governo resolva seus problemas, em vez de buscar soluções por conta própria. Essa mentalidade é corrosiva. Ela mina a iniciativa, a criatividade e a solidariedade voluntária. Em vez de comunidades fortes e indivíduos responsáveis, temos massas passivas. A filosofia política libertária propõe o oposto: uma sociedade baseada na cooperação voluntária, na livre troca e na responsabilidade pessoal.
(Sugestão de Pausa)
A Alemanha, com sua tradição de eficiência e racionalidade, tem agora a oportunidade de liderar uma nova revolução política e econômica. Ao reconhecer que o modelo atual é insustentável, pode iniciar uma transição para um sistema mais livre, mais justo e mais eficaz. Isso não significa abandonar os mais vulneráveis, mas sim criar mecanismos de apoio que respeitem a liberdade e a dignidade dos indivíduos. A assistência social pode existir, mas deve ser descentralizada, voluntária e temporária. Assim, o Estado passa por uma regressão necessária, deixando de impor aos trabalhadores deveres que ele mesmo criou.
A falência do Estado social alemão também é um alerta para o restante do mundo. Países que seguem o mesmo caminho, com gastos públicos crescentes, déficits fiscais e promessas populistas, estão condenados ao mesmo destino. O modelo de redistribuição forçada não apenas falha em promover justiça, como também destrói a base produtiva da sociedade. Quando os incentivos são distorcidos, quando o mérito é punido e a dependência é recompensada, o resultado é estagnação, desemprego e desesperança.
Na Europa, a Alemanha não é a única na esteira da estagnação causada pelas políticas sociais. Outros países também a acompanham. Na verdade, a maioria dos países europeus está passando pelo mesmo drama. E a razão é clara: o aumento da população idosa. Cerca de um quinto da população europeia é formada por pessoas acima de 65 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, no ano passado a população europeia com mais de 65 anos ultrapassou a de jovens de 15 anos. Boa parte desses idosos depende da aposentadoria estatal para sobreviver. Essa informação mostra que a lógica previdenciária pública — trabalhadores sustentando aposentados — tende a colapsar.
(Sugestão de Pausa)
Na Grécia, por exemplo, mais de 15% do PIB é destinado a amparar os aposentados, porque o sistema previdenciário do país está totalmente inviabilizado. E isso depois de cortes em diversos benefícios e do aumento da idade para aposentadoria para 67 anos. A França, enfrentando a mesma realidade, buscou em 2023 e 2024 uma reforma previdenciária. A proposta do governo era aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos. Para piorar, a população francesa se revoltou com grandes e violentos protestos — algo já comum no país. Isso mostra que, além de equilibrar as contas públicas, Macron enfrenta uma barreira social que o impede de elevar a idade da aposentadoria. Ele está em maus lençóis.
Os libertários oferecem uma alternativa clara: zero imposto, zero regulação, 100% de autonomia para o indivíduo. Em vez de um Estado que confisca e distribui, propõem uma sociedade em que cada indivíduo é livre para buscar sua própria felicidade, construir sua riqueza e contribuir voluntariamente com sua comunidade. Essa visão não é utópica, é profundamente realista. Ela reconhece que os seres humanos são diversos, criativos e capazes — e que a melhor forma de promover o bem-estar é permitir que cada um floresça segundo seus próprios valores e escolhas.
A crise do Estado social na Alemanha é também uma crise de confiança. Os cidadãos estão percebendo que as promessas do governo não podem ser cumpridas. Que os sistemas de aposentadoria estão falidos, que os serviços públicos são ineficientes, que os impostos são altos e que a burocracia é sufocante. Essa percepção mostra que o livre mercado está pronto para ocupar esse espaço.
É hora de repensar o modelo decadente de bem-estar social das repúblicas democráticas e a própria existência do aparato estatal. Devemos reconhecer que a verdadeira justiça não vem da coerção, mas da liberdade. Que a verdadeira solidariedade não nasce de impostos, mas da empatia. Que a verdadeira prosperidade não se constrói com subsídios, mas com trabalho, inovação e troca voluntária. A Alemanha, ao admitir que não pode mais sustentar seu Estado social, dá o primeiro passo nessa direção. E cabe aos cidadãos, aos empreendedores e aos pensadores libertários transformar esse momento em uma oportunidade histórica.
(Sugestão de Pausa)
O futuro pertence à liberdade. E a liberdade começa quando reconhecemos que o Estado não é nosso salvador, mas sim um instrumento que deve ser combatido e limitado ao máximo e, sempre que possível, ignorado. O libertarianismo não propõe o caos, mas sim a ordem espontânea que emerge quando os indivíduos são livres para agir, cooperar e criar. É essa ordem que construiu as maiores civilizações, as maiores inovações e os maiores avanços da humanidade.
A Alemanha pode ser novamente uma líder global, não pela força do Estado, mas pela força da liberdade e autonomia dos seus cidadãos que estiverem preparados para defender as ideias corretas. Ao abandonar o modelo condenado ao fracasso do Estado social, pode construir uma sociedade mais dinâmica, mais justa e mais humana. Uma sociedade em que cada indivíduo é respeitado, onde o mérito é valorizado e onde a prosperidade é fruto da liberdade. Esse é o caminho libertário. E esse é o caminho que o mundo precisa seguir.

Referências:

https://eco.sapo.pt/2025/08/25/o-estado-social-ja-nao-pode-ser-financiado-avisa-chanceler-alemao/

Sobre a Grécia.
https://terracoeconomico.com.br/como-e-a-previdencia-na-grecia/

https://www.dw.com/pt-br/europa-tenta-equilibrar-a-balan%C3%A7a-da-previd%C3%AAncia/a-69936189