UM TERÇO dos JOVENS estão acima do PESO por culpa do ESTADO

Por meio da famosa pirâmide alimentar adotada nos anos 90, precisamos comer muito carboidrato e óleos vegetais, evitar carne vermelha e derivados do leite. O ambiente perfeito para obesidade infantil.

No Brasil, a obesidade infantil está fora de controle. Uma em cada três crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos está com excesso de peso. Esse número, vindo de dados oficiais do SUS, Sistema Único de Saúde, não é só mais uma estatística que espanta um total de zero pessoas. É o retrato de uma geração condenada antes mesmo de se tornar adulta. Diabetes, hipertensão e problemas no coração. Doenças que antes só víamos em adultos agora aparecem em crianças de 13 e 14 anos. O portal de notícias G1 mostrou o triste caso do filho de um comerciante do Pará, um garoto de 13 anos que desenvolveu compulsão por comida e já enfrenta doenças crônicas, chegando a pesar 100 kg. Esse garoto é apenas um exemplo entre milhares de outros adolescentes espalhados pelo Brasil afora. O que mais gera indignação é que isso está longe de ser um mero acidente. É o resultado de um sistema que deveria cuidar da saúde, mas que, na prática, a empurra para longe.
O inimigo tem nome: alimentos ultraprocessados. Entre eles: refrigerantes, salgadinhos, embutidos. Produtos baratos, cheios de açúcar, sal e química, que dominam a mesa das famílias brasileiras. O mais tragicômico de tudo isso é que muitos desses alimentos são promovidos, direta ou indiretamente, por diretrizes do próprio governo. A famosa pirâmide alimentar, por exemplo, ainda usada em escolas e programas de saúde, dá enorme destaque a grãos, pães e massas, enquanto trata a proteína animal como inimiga. É uma diretriz que não nasceu da ciência, mas de interesses escusos de lobbistas, guiados por uma visão ideológica que ignora o que o corpo humano realmente precisa. Enquanto isso, as crianças engordam, os pais se sentem culpados, e o Estado nada faz além de encarecer o preço dos alimentos saudáveis e beneficiar grupos de interesse da indústria alimentícia e farmacêutica. Em vez de ensinar liberdade de escolha, o governo ditou o que é certo comer e errou feio, muito feio, errou rude.
(Sugestão de Pausa)
O levantamento, feito com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, mostra que o sobrepeso entre jovens cresceu quase 9% em dez anos. De 2014 a 2024, passou de 2,4 milhões para 2,6 milhões de casos — um aumento alarmante. A região Sul lidera, com 37% dos jovens acima do peso. São Paulo e Rio de Janeiro concentram os maiores números. Apesar de especialistas não terem dúvidas, a sociedade como um todo também não tem. Todo mundo sabe que o problema está além do prato, mas nos hábitos de vida e também nas propagandas sobre alimentação que nossos jovens recebem. Nos pacotes coloridos que as crianças pegam sozinhas no supermercado, na rotina sedentária, com telas o dia todo, e na falta de acesso a alimentos reais, de verdade. A médica Maria Fernanda Barca, da Abeso, afirma que a alimentação das crianças é reflexo do que os adultos comem. E o que os adultos comem cada vez mais são produtos prontos, fáceis, baratos, mas vazios de nutrientes. O sedentarismo contribui, mas não é a causa principal. É a alimentação — setor da economia que sofreu forte interferência estatal — que lobotomizou uma sociedade inteira.
A situação é tão grave que o Conselho Federal de Medicina mudou as regras. Hoje, adolescentes a partir de 14 anos podem fazer cirurgia bariátrica. Crianças estão na fila de espera para cortar o estômago. Isso não é progresso, muito pelo contrário, é derrota. É o reconhecimento de que falhamos — e o pior, falhamos por seguir um modelo imposto por autoridades chanceladas pelo governo que estava errado. Um modelo no qual o Estado decidiu o que é saudável, mesmo estando totalmente equivocado. Isso apenas fomentou a indústria de grãos e outros setores a ganhar espaço em detrimento da saúde. A liberdade de escolher foi substituída por uma cartilha burocrática que beneficia poucos e prejudica a maioria.
(Sugestão de Pausa)
A intervenção estatal na alimentação não cura, ela cria a doença e a agrava. Em vez de promover saúde, gera um ambiente distorcido, no qual a escolha real é limitada e a informação manipulada. O que deveria ser um campo de liberdade vira um campo de controle, no qual o preço pago é altíssimo: doenças, sofrimento, gastos com saúde pública, vidas encurtadas, quando não perdidas por puro lobbismo e narrativa governamental. Quem ganha com isso? A indústria médica e farmacêutica, que lucra bilhões com remédios e procedimentos. Não se engane, tudo se trata de um jogo de interesses de grandes corporações e políticos que se beneficiam disso. Esse problema nasce de uma mentalidade que acredita que um burocrata em Brasília sabe melhor do que um pai ou uma mãe o que é bom para o filho deles. Como dissemos anteriormente, a pirâmide alimentar é o exemplo mais patente disso. Uma imagem simples, colorida, que virou lei nas escolas. Ela coloca pães, arroz e massas na base, como se fossem a estrutura vital da vida, e empurra proteínas, gorduras boas e vegetais para cima, como se fossem opcionais, algo a ser consumido de vez em quando. Essa diretriz não surgiu do nada: foi moldada por interesses de grandes produtores de grãos, por pressões ideológicas e por uma visão antinatural da nutrição. E o resultado estamos vendo hoje: crianças comendo carboidratos o tempo todo, ficando com fome de novo em uma hora, engordando, adoecendo. E o governo, em vez de assumir o erro, insiste. Mantém o controle. Continua ditando o que é certo comer. E o mercado, que poderia oferecer milhares de alternativas saudáveis, é sufocado por normas, impostos e favorecimentos.
(Sugestão de Pausa)
Na sociedade que desejamos, na qual leis privadas são o pilar fundamental e o Estado é inexistente, a alimentação não seria instrumento de interesses escusos de empresas e produtores poderosos. Não haveria órgão central decidindo o que é “saudável”, não haveria pirâmide alimentar oficial, nem campanhas do governo dizendo o que você deve ou não comer, fomentando certos setores e demonizando outros. Em vez disso, haveria diversidade, a possibilidade de escolhas reais, nas quais cada família decidiria o que estará em sua mesa para o jantar, com base em sua cultura, tradição e necessidades. A responsabilidade seria individual. E o mercado, por sua natureza, garantiria qualidade. Não haveria órgãos reguladores do governo, mas sim agências privadas de certificação, surgindo do livre mercado e não de regulamentações estatais. Elas atestariam a qualidade dos alimentos, a origem dos ingredientes e a presença ou ausência de aditivos. Mas ninguém seria obrigado a segui-las: cada um escolheria em quem confiar. A competição entre essas agências e entre os produtores garantiria informação clara, honesta e útil. Provavelmente, nutricionistas específicos para cada estilo de vida e cultura apareceriam, e cada um mostraria uma pirâmide nutricional ótima diferente para cada família. Afinal, aqueles com uma dieta ocidental e vida sedentária têm necessidades diferentes de uma família oriental que pratica atividades físicas todos os dias.
(Sugestão de Pausa)
Carl Menger, um dos grandes nomes da Escola Austríaca, mostrou que a riqueza, a ordem e a prosperidade não vêm do planejamento central, mas da livre escolha dos indivíduos, da interação espontânea entre pessoas livres. A alimentação não é diferente disso, pois, quando o mercado decide, temos vários caminhos a seguir, que trazem muito mais prosperidade para a sociedade. Nesse mundo, a indústria alimentícia não receberia subsídios do governo nem teria poder no Congresso, mas o consumidor, com seu dinheiro, decidiria quem merece prosperar. Nessa sociedade, não haveria espaço para alimentos vazios, cheios de açúcar e química, pois as pessoas não estariam tão obcecadas pela dopamina advinda do consumo desses produtos. Provavelmente, nossa alimentação seria muito mais parecida com a dos nossos avós: horários determinados para refeições de qualidade e, no fim de semana, apenas um pouquinho de açúcar para adoçar a vida. Precisamos lembrar que essa abundância de alimentos doces e gordurosos só é possível porque a indústria do açúcar e da gordura vegetal é bombardeada com subsídios governamentais — nada mais do que dinheiro espoliado do pagador de impostos.
Nesse cenário, a epidemia de obesidade infantil simplesmente não existiria no mesmo nível. Porque lá o Estado não decide por você o que é melhor para sua família comer. A alimentação não é instrumento de interesses financeiros, mas um serviço como qualquer outro. E, como qualquer serviço bom, evolui pela competição, pela inovação, pela liberdade. Não teríamos uma única “verdade” nutricional imposta a todos. Não haveria campanhas do governo dizendo que carne vermelha faz mal ou que grãos são essenciais no prato do brasileiro. Em vez disso, haveria milhares de vozes: médicos, nutricionistas, pesquisadores, pais e atletas compartilhando experiências, descobertas e dietas. A informação circularia livremente, e ninguém seria obrigado a seguir ninguém. Cada um escolheria com quem concordar, e a verdade, ao longo do tempo, se revelaria pela experiência que as pessoas tentariam, observando os resultados que mais fizessem sentido para sua rotina. A reputação dos profissionais seria construída com base nisso, não em diplomas forçados ou selos estatais. Quem ajudasse as pessoas a emagrecer, ter mais energia e viver melhor, prosperaria no mercado. Quem espalhasse mentiras e agisse como charlatão apenas para vender remédios ou cirurgias sumiria do mercado de saúde.
(Sugestão de Pausa)
Enfim, a obesidade infantil, como a vemos hoje, é um sintoma. Não da má vontade dos pais, mas da arrogância estatal. Da ideia de que o governo sabe melhor do que você o que deve ingerir todos os dias. De que pode controlar o corpo das pessoas em nome de um bem maior. Em um mundo no qual a liberdade prevalece, isso não aconteceria. A saúde viria da escolha, da responsabilidade e da competição. As crianças não precisariam de cirurgia bariátrica aos 14 anos, porque cresceriam comendo comida de verdade, em um ambiente no qual a informação correta é ensinada a todos. E todas as falácias de setores da indústria alimentícia, que lucra vendendo produtos de péssima qualidade ao povo, seriam desmascaradas.

Referências:

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2025/09/01/obesidade-infantil-um-em-cada-tres-adolescentes-de-10-a-19-anos-no-rn-tem-excesso-de-peso.ghtml

https://g1.globo.com/saude/noticia/2025/08/30/obesidade-infantil-cresce-no-brasil-um-em-cada-tres-adolescentes-de-10-a-19-anos-ja-tem-excesso-de-peso.ghtml

https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/08/31/obesidade-no-ceara-um-em-cada-tres-adolescentes-de-10-a-19-anos-tem-excesso-de-peso-aponta-estudo.ghtml

https://cultura.uol.com.br/noticias/73494_obesidade-infantil-um-em-cada-tres-adolescentes-brasileiros-de-10-a-19-anos-ja-tem-excesso-de-peso.html